poemas escritos no correr de minha vida

Friday, April 06, 2007


NÃO SEI VIVER SEM VOCÊ


Não sei viver sem seus beijos.

Sem seus olhos.

Sem seu olhar que me devora.

Minha vida é vazia se você se afasta.

Se não diz que me adora.

Eu o quero aqui me olhando.

Me falando.

Seu olhar me despindo.

É assim que entendo a vida.

Você me seduzindo.

Me sorrindo.

Para o amor me chamando.

Com suas mãos feiticeiras

me tocando.

Estas mãos ciganas que estiveram

me acariciando...

Elas que me carregaram sempre

para o país das delícias.

Só posso dizer que

não sei viver

sem você.


Sonia Maria Delsin




NÓS DOIS JUNTINHOS

Meu amado...

aquelas nossas horas.

Tantos beijos e promessas.

Tanta alegria e tanta festa em nossos corações.

Nossas mãos não paravam quietas.

Nossos lábios viviam a se procurar.

E nossos olhos então!

Um mergulhava no olho do outro.

Era o nosso tempo de amar.

Meu amado...

aqueles dias...

Não podemos nunca nos afastar.

Queremos sempre estar juntinhos.

Nossos corpos bem coladinhos.

Desejamos sempre nos encantar

com nosso jeito de amar.

O mundo não pode separar

o que nasceu

para junto ficar.

SONIA MARIA DELSIN




EU LI NO SEU OLHAR

Estava escrito com letras garrafais.

Você estava me desejando.

Naquele momento o que eu mais queria

era você.

Todinho para mim.

Vi o desejo em seus olhos e aquilo

me levou a me jogar

em seus braços.

Quis seus abraços...

Nossos lábios se uniram num beijo longo.

Deliciosamente apaixonado.

Minhas mãos procuraram seu rosto

para acariciar.

O toque de meus dedos o fez mais apertado

me abraçar.

E como foi bom.

Que sensação!

Nada mais gostoso

do que sentir

paixão.


SONIA MARIA DELSIN




NUNCA SE AFASTE DE MIM


Não se vá.

Que serão de meus olhos sem vê-lo?

De minhas mãos?

As carícias que elas guardam

para você...

Temos tanto a viver.

Meu corpo só aprendeu a permanecer

colado no seu.

Ele não sabe estar só...

Minha boca não consegue

seu nome ao vento

dizer.

Ela quer cálidas palavras

em seus ouvidos

sussurrar.

Minhas mãos ficam buscando

sua pele para

acariciar.

Não se afaste de mim, meu amor.

Distante nós só vamos

a dor

experimentar.

SONIA MARIA DELSIN



TEMPO DE AMAR


Sabe que tempo é este?

É o que nos damos de presente.

É quando nos afastamos da rotina.

De tudo que enche o tempo.

É a hora de viver para valer.

Tempo de carícias e beijos.

De mãos envolventes, de olhares.

De nos afastarmos do que é corriqueiro

para viver por inteiro.

É o tempo das sensações.

Das paixões.

Tempo de voar.

De amar.


SONIA MARIA DELSIN




BEIJO NA BOCA


Adoro beijos na boca.

Aqueles beijos prolongados.

Carregados de paixão.

Aqueles que nos transportar para um

céu particular.

O céu dos amantes.

Luzes e cores tomando conta de tudo.

Um tempo dentro de um tempo.

Um tempo só de amar.

Sua boca eu desejo explorar.

As sensações provar.

Quero experimentar.

Com você viajar.



SONIA MARIA DELSIN



O HOMEM DA MINHA VIDA

Você é o homem que busquei pelas estradas do tempo.

A eternidade guardou

a nossa história de amor

e quando aqui cheguei

eu sabia.

Eu sabia que o reencontraria.

Você também precisava

tomar conhecimento que havia

algo guardado.

Era o tempo passado nos meus braços macios.

Você precisava se recordar de um beijo

que foi mais que um beijo.

Precisava se recordar

da sensualidade daqueles dias.

Era numa cabana que nos amávamos.

Mas nosso amor era intenso.

Hoje eu penso.

Que é daquele tempo?

Que é daqueles dias?

Quando o abraço eu sei

que tudo aquilo não passou.

Não acabou.

O tempo voltou.

A mesma história continuou.

Quando estou nos seus braços eu sei

que você é o único homem

que amei.

SONIA MARIA DELSIN






VENHA ME AQUECER


Nestas noites geladas

o seu corpo eu procuro.

Um caminhar de mãos pelos lençóis.

Constato sua ausência.

Fico desejando que me acaricie os cabelos.

Ansiando por sua pele em contato com a minha.

Fico recordando sua boca.

As palavras todas.

O beijo prolongado.

O carinho mais ousado.

Eu o busco num caminho de sonhos.

Deslizo para o mundo da imaginação.

Então eu o tenho diante de mim.

Você chegando.

Para seus braços me puxando.

Seu abraço apertado.

Seu corpo ao meu colado.

O calor de seu corpo à loucura me levando.

Eu o quero e o tenho.

Que importa todo o resto?

Que importa se estou sonhando?

SONIA MARIA DELSIN




O VENTO NA JANELA


Eu me agarro ao seu corpo

quando o vento bate na janela.

Este som na madrugada me incomoda.

Fico recordando coisas.

Lembrando o passado.

E você me diz no ouvido que nada preciso temer.

Porque está ao meu lado para me proteger.

Você me aperta. Morde de leve minha orelha.

Fala baixinho.

Fica fazendo carinho.

Então o vento eu já nem ouço mais.

Começo a sentir que a vida é boa demais.

O passado já não é mais um fardo tão pesado.

Não temo mais o vento.

O uivar que me entristece desaparece.

Ouço as batidas de seu coração e mergulho neste som.

É o som da vida.

É contrapartida.

Descubro neste instante que o quero ao meu lado.

Que você é o meu amado.

E que tudo o mais não pode entristecer meu coração.

Porque tenho você comigo.

Porque o que mais importa na vida é esta maravilhosa sensação.

SONIA MARIA DELSIN






ENCONTRO

Estou sim.

Recordando um momento.

Um olhar.

Um gesto.

Suas mãos

tocando meus brincos.

Se afundando em meus cabelos.

Descendo.

Buscando.

Você me falando.

Me acariciando.

Você naquele momento.

Meu amado!

Sua boca me buscando.

Não esqueço o momento.

Você me tocando.

Um caminho procurando.

Nós dois finalmente

nos entregando.

SONIA MARIA DELSIN



DEITE A CABEÇA


Eu estava tão cansada.

Queria tanto descansar todo meu cansaço.

E você me disse.

Deite a cabeça em meu braço.

Eu lhe dou meu abraço.

Eu me encostei em você.

Arrepios...

Que prazer sentir sua pele roçando a minha.

Suas mãos nos meus cabelos.

Suas carícias...

Já nem me lembrava mais porque me deitara ali.

Descobri que o estava desejando.

Que já não queria estar descansando.

Eu o queria e sentia

que você também me queria.

Não era o momento de descansar.

Era o momento de amar.


SONIA MARIA DELSIN




SE VOCÊ DISSER

Se me disser.

Que existe um pote de ouro

na ponta do arco-íris,

eu não vou me importar.

Nem vou tentar buscar.

Deixa ele lá.

Mas, se me disser,

que vai me abraçar.

Me apertar.

Me beijar.

Se lá eu chegar.

Eu vou lhe encontrar.

Nem que seja na ponta do

arco-íris.

Ou do outro lado do mundo.

Ah! Eu vou tentar!

Porque para com você estar.

Sou capaz de um deserto

atravessar.

Uma fera enfrentar.

Sou capaz de voar.

Dou a vida

para lhe achar.

SONIA MARIA DELSIN





UM POEMA PARA VOCÊ

Vou lhe fazer um poema.

Um destes que gosta de apreciar.

Escrever é meu jeito de me expressar.

Vê se gosta... lá vai.

Gosto da maneira que chega.

Atiçando.

Gosto de seu jeito...

me provocando.

Estamos tão distantes e tão próximos.

Não existe distância quando existe desejo.

Pode imaginar o meu beijo.

Pode imaginar minha pele branca, macia.

Pode sentir mãos lhe acariciando.

Corpos se roçando.

Pode... tudo pode.

A imaginação traz tudo... à mão.

Agora o outro lado.

A distância é real.

O sonho é imaterial.

SONIA MARIA DELSIN






O QUE AMO EM VOCÊ


Amo em você este entendimento de mim.

Nem sempre costuma ser assim.

As pessoas me conhecem superficialmente.

Você parece adivinhar o que tenho em mente.

Amo seu jeito.

Amo seus olhos.

Seu riso.

Suas mãos.

Amo sua alma que conheço

não sei a quanto tempo...

SONIA MARIA DELSIN




PRINCESA
 
 
Ela vivia presa numa torre.
Isolada do resto do mundo.
Num mundo que criaram para ela.
Se era feliz?
Não sabia bem o que significava felicidade.
Vivia no seu mundinho e nem se importava com uma janela.
Uma janela que podia ser aberta.
E ela nunca se interessara em abrir.
Não tinha curiosidade para o que pudesse existir fora da torre.
Mas numa madrugada a janela se abriu com a força do vento...
O destino ou quem sabe o quê.
O que viu e o que sentiu atordoou a princesa.
A escuridão da madrugada se aclarava com uns espelhos malucos.
Ela quis fechar a janela e o vento a queria manter aberta.
Não resistindo mais à força do destino ela se entregou.
E descobriu que o castelo a oprimia. Que a vida ela ainda não conhecia.
Mas um longo caminho ela precisava caminhar dentro de si para sair dali.
 
 SONIA MARIA DELSIN