LEVEZA
Eu danço
a dança do ventre.
Dentro de um outro tempo.
Roupas douradas.
Figuras engraçadas.
Janelas escancaradas.
Danço coberta de ouro.
A platéia a aplaudir.
O bobo da corte a rir.
A missão dele não é provocar
a risada?
Parece piada!
Este homem de barba eu
conheço.
É deste tempo.
O que faz na outra
época?
E eu?
Ele me aplaude com os
olhos.
Vejo o olhar se demorando em mim e sei.
Sei que está encantado.
Danço.
Os véus a me cobrir
se desvendam.
Já não são douradas as vestimentas.
Um azul toma conta de mim.
Do sonho.
Estou leve, solta.
Estou voando.
Estou sonhando.
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