POETA MENINO
Ele ficou aqui,
em meu coração!
Foi um pouco do vento.
Foi a flor que desabrochou
à beira do abismo.
Foi a lua refletida no lago.
Foi a garça a voar.
A gaivota...
Ah! Ele foi o mar.
Os rochedos...
a onda
a se arrebentar.
Vivia a viajar.
Tinha umas alvas asas.
Não as escondia...
Sorria.
Era doce, era ingênuo.
Era um menino.
Um seixo a rolar.
De um prédio de sonhos,
despencava-se do último andar.
Nestas horas estalava uns olhos!
Me falava de estrelas e gatos,
também da beleza das flores.
A melancolia
seu rosto tantas vezes cobria.
O sorriso à sua face tantas vezes trazer
eu conseguia.
Não gostava de ver a tristeza seus olhos nublar.
A sua poesia me carregava para outro lugar.
A amizade que me ligava ao poeta menino mora
num tempo que o
mundo não consegue alcançar.
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