NO SILÊNCIO DESTE AMANHECER
Abro meus olhos.
O ambiente é tão familiar.
Tudo me diz aconchego.
Meu ninho.
Tanto carinho.
Meu antigo lar.
Desdobro as mangas do tempo.
Firmo o pensamento.
O melhor de mim.
Um caminho arborizado.
Um canto de meu passado.
Um sorriso.
Uma frase.
Ouço a voz de uma menina.
Ela diz: Pai! Pai!
Ela corre e abraça as pernas de
um homem.
Ergue o olhar.
É tanta doçura.
Tanta ternura.
Naquele sorriso que se eternizou na memória ficou.
A menina soube naquele instante que o eterno existe.
Que houve outros tempos e que haveria outros.
Outros caminhos... outros dias...
E reencontros dentro do infinito.
SONIA MARIA DELSIN
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