UMA DOCE REALIDADE
Eu vi aquela centelha ao remexer as cinzas.
Era a esperança ali.
A promessa de que seria real.
Esperei...
Estava disposta a esperar o tempo que fosse.
Levasse meses, anos.
Não me importava o tempo.
Importava sim a constatação.
Era real aquela chispa abafada.
Aquela pequena flama de vida guardada.
Foram-se os anos... tantos...
O tempo nos arrasta, nos leva.
Nos acalma.
As feridas foram cicatrizadas.
Voltei a dar risadas.
Sabia da centelha.
Ela aguardava.
E eu aguardava.
Eis que de repente o lume se acende.
Eis que uma doce realidade me chega do nada.
Olho as labaredas completamente fascinada.
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