SAUDADES...
Sinto saudades das conversas que não
tivemos.
Mas que desejei que tivéssemos tido.
Saudades dos beijos que não chegamos a trocar.
Mas que foram tão ansiosamente aguardados.
Sinto saudades das ruas, que com os meus pés
não caminhei.
Mas por onde em pensamentos tanto andei.
Sinto saudades daquela casa de campo que não cheguei
a construir.
Mas que vi pronta nos meus sonhos.
Saudades das coisas que vivi,
e das que desejei ter vivido.
Meus sonhos...
que se alimentaram das minhas mais doces fantasias.
Sinto saudades da menina que nunca deixou
de morar em minha alma.
Mas que dorme tantas vezes pacientemente
esperando que eu a chame.
Saudades da menina-moça que se armava de coragem
para enfrentar as vicissitudes da vida.
Da mulher-leoa que enfrentou o dia-a-dia.
A mulher madura de agora acorda sempre
esperando coisas melhores.
Sempre confiando que um novo dia é
um novo tempo.
Sente saudades... e muitas vezes chora.
Mas não lamenta o tempo passado.
Sabe que tudo faz parte do longo caminho
que se chama “viver”.
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