poemas escritos no correr de minha vida

Saturday, January 27, 2007



QUANDO SOFRO

Sob as cinzas dormem brasas.
Feridas que não cicatrizam.
Atrás do meu sorriso escondo uma dor.
Uma dor que não morre com o ontem.
Não morre no hoje.
Carrego minha alma como quem leva uma pluma.
E ora ela se transforma em chumbo.
Choro. A dor se dobra.
Esconde-se nas dobras de meu ser.
Sorrio, rio. Até a esqueço.
Mas volta e meia ela retorna.
Não há barragens que a segure.
Invade tudo, derrama, espalha.
Choro... lavo a alma.
A dor suaviza, se esconde de novo.
E assim eu sigo.
Sorrio, rio na ilusão que ela se foi de vez.


SONIA MARIA DELSIN

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