
A CORTINA DO TEMPO
Os raios de sol ao fundo.
Olho o cortinado d’água despejando sobre a plantação.
Os raios douram as gotículas.
Ouço o riacho cantando alto.
É o mesmo onde me banhei na infância.
As águas rolaram... tantos anos se passaram.
Ainda posso ver o mesmo bambuzal daquele tempo.
No mesmo lugar de sempre.
As jabuticabeiras do passado!
Algumas se mantém em pé.
E se banham.
A terra encharca-se e eu aqui da sacada assisto calada.
Penso que a chuva é uma cortina do tempo que lamento...
SONIA MARIA DELSIN
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