AGONIA
Sou folha caída ao sol do meio-dia.
Estou parada no tempo.
No tempo da agonia.
Não rasgo cortinas.
Não corro em busca do amanhã incerto.
E eu que o pensei tão perto!
Sufoco dentro de mim um grito.
Calo as dores.
Os dissabores.
Espero. Só posso esperar.
Um vento há de chegar.
E há de me levar.
De me carregar.
Ao sol não posso ficar.
Eternamente a penar.
Uma brisa já pode me contentar.
Se ela chegar...
SONIA MARIA DELSIN
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