poemas escritos no correr de minha vida

Thursday, December 20, 2007





SERES ENIGMÁTICOS

Tu és para mim o meu rei.

És meu sol.

Minha alegria.

Poesia.

Fantasia?

E o que é real nesta vida?

O que existe de fato embaixo deste céu de meu Deus?

Chegamos para esta viagem para vivenciar.

Quem pode dizer que os dias são seus?

Quem pode garantir um adeus?

Ainda que eu encontre respostas em ti, és pergunta.

Porque somos um grande ponto de interrogação em cima deste chão...

SONIA DELSIN


Wednesday, December 19, 2007



LONGO CAMINHO

Se eu pensasse sete vezes, sete vezes sete.

Se eu contasse até dez.

Recomeçasse.

Recontasse.

Entrei num impasse.

Me vi virando barcas.

Esvaziando rios.

Me vi espancando sebes.

Vento errante da madrugada.

Me vi espaço, estrelas, lua...

Me vi nua.

Me vi a correr na rua...

Me vi a entrar num bar.

Me vi a beber sem parar...

Me vi despencar.

Tudo num imaginar.

Era a vontade que eu tinha de ver o mundo acabar.

Mas o sol surpreendeu meu olhar.

Passei a enxergar.

Outros olhos sempre podemos ganhar.

A dor da desilusão não era maior que todo o meu amar.

Um amar a vida que me deu forças para continuar.

SONIA DELSIN







VENTO VARRE RUA...

Era um vento cortante.

Afiado como navalha.

Vento varre rua.

Eu no chão caída, machucada, ferida...

A rastejar como lagarta caída do coqueiro.

Parecia que ia se acabar o mundo inteiro.

O vento conseguia me jogar de lá pra cá, de cá pra lá.

Como se peso eu nem tivesse.

Eu entrava em desespero, em prece.

Uma hora cessou o vento, o tormento...

Me vi em pensamento.

Me vi em outro lugar.

Um onde eu poderia estar.

Precisava toda força encontrar.

Encontrei. Consciente do que passei posso dizer que venci, que estou aqui.

Só a lembrar.

Foi uma experiência e tanto.

Agora eu rio, eu danço, eu canto...

SONIA DELSIN



Wednesday, December 12, 2007




SEU SORRISO DE SOL

Era uma chuva fina, era uma chuva fria.

Eu não sentia nenhuma alegria.

Da chuva me escondia.

Você chegou.

Chegou com seu sorriso de sol.

Tudo se iluminou.

Meu ser se levantou.

Sua boca em direção a minha escorregou.

Seus braços me apertaram.

Fortemente me abraçaram.

Comecei a rir, a rir sem parar.

Eu que estava quase a chorar.

Eram beijos, abraços.

Formávamos laços.

Embaixo de um céu que azul novamente ficaria.

Por que eu não sonharia? Por que eu não me entregaria?


SONIA DELSIN