AS FERIDAS DA ALMA
Não pense que é possível.
Ó não!
Não as assopre como se o vento do agora
pudesse apagar a dor daquela hora.
A dor do desencanto...
Eu posso até sorrir, mas no entanto...
Não se curam feridas sanguinolentas
tão facilmente.
É preciso um tempo.
É necessário que gestos de carinho consigam
apagar o que o coração guardou.
É preciso que se apague o momento do ferimento.
E que outros momentos consigam enterrar o que provocou
tantas feridas.
A alma vai ficando toda tatuada.
Eu posso dar risada.
Mas as marcas vão ficando...
Não quero mais feridas... nem dor... nem desencanto...
Quero alegria... risos...
Não quero pranto.
Eu quero canto.
SONIA MARIA DELSIN
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