ESTE POEMA
Este poema está doendo em mim.
É vivo, é um bicho que me devora.
Tudo ele é quente, é ardente.
É fogo que arde.
Não o quero tolo, não o quero frio.
Minha alma está gelada, trêmula.
Está encurralada.
Mas meu coração dentro dela é chama incandescente.
Minha alma dói e ele bate contente.
Ele segura minha mão e escreve estas linhas.
Derrama um pouco da lava nestas linhas loucas.
Nestes versos tortos ele me endireita a mente.
Porque sou poeta.
Porque encontro saídas para todos os meus labirintos.
Para todos os meus ais e não sei o quê mais.
Este poema é um escudo.
Pode chegar a dor, o sofrer, a consternação.
Que ainda assim meu poema é uma canção.
Este poema quer transformar os sonhos em realidade.
Quer dizer que tudo pode ser verdade.
SONIA MARIA DELSIN
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