NOSSOS CORPOS
Nossas almas marcaram um encontro.
Desconhecíamos o fato.
Entramos de gaiato.
Foi antes do amanhecer.
Tinha que acontecer.
Nos falamos tanto, tanto.
E no entanto, não se perdeu o encanto.
Nossas almas precisavam conversar.
Um encantamento nos manteve a distância.
Porque precisávamos de um tempo.
De um tempo para começarmos a entender.
O que buscávamos sem nem perceber.
Nossos corpos começaram a se querer.
Mas o tempo age a seu bel-prazer.
Precisamos de mais tempo ainda.
Nossas almas vivem se encontrando.
Se esbarrando.
Mas nossos corpos continuam separados.
Mesmo desejando estarem grudados.
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