TERNURA
De que sou feita?
Que material é este que recheia meu ser?
Ternura!
Descobri que amo tudo que existe sobre a terra.
O belo, o feio. O pouco, o tudo.
Descobri-me amando o vento que despenteia meus cabelos.
Como amo o ar parado.
Se amo as montanhas não amo menos as planícies.
Os cães, os gatos...
Os insetos, os répteis.
Amo os jardins, os prados.
Os cemitérios abandonados.
Amo o riso, a lágrima.
O ontem, o hoje.
Descobri uma porta no tempo.
E vi que por ela passa um ser que ama o aconteceu.
O que acontece.
E o que virá.
Descobri que o poeta é eterno em mim...
SONIA MARIA DELSIN
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