poemas escritos no correr de minha vida

Monday, February 26, 2007



PRELÚDIO

Vou fazer este poema bem doce.
Bem suave.
Vou falar de beijos leves como plumas.
E de abraços que mais parecem roçar de folhas.
Um poema de água parada.
De brisas imperceptíveis.
De um homem e uma mulher se tocando delicadamente...
quase angelicalmente.
É um poema de cristal.
Uma brisa não o ameaça.
Mas um vento mais forte o espatifa todo.
Vamos deixá-lo então intocável.
Vamos cobri-lo com as folhas que o outono derrubou.
E guardá-lo na alma porque ele nos pertence.
Não nos pertence de hoje...de agora...
mas de outros tempos que ignoramos.


SONIA MARIA DELSIN

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