A POETISA E EU
A poetisa me encanta.
Por quê? Por que será?
Parece que a mão dela anda tomando informações do meu coração...
Vejo as frases todas...
Foram pra mim que ela escreveu.
Foram pra mim. Sim, sim, sim.
Minha dor ela compreendeu.
Nas entrelinhas ela descobriu meu eu.
Tão machucado, magoado...
Meu coração nestas linhas todas andou jogado.
Ela recolheu os cacos e fez um poema.
Um poema envolvente.
Diferente.
Ela resolveu falar de uma paixão mal resolvida.
Resolveu contar de uma dor de amor tão dolorida.
Ah, poetisa!
Nos encontramos sempre num espaço nosso.
Onde nada nos incomoda.
Nem o silêncio.
Muito menos o silêncio.
Porque ele não é feito de ausência de sons.
As palavras sangram... tantas vezes...
Nosso ser viaja.
Nossas asas alisamos... e voamos.
Então ela sabe tudo de mim sem que eu fale.
Eu sei tudo dela sem que o diga.
É a poetisa e eu...
Num mundo dela e meu...
(Não sou poeta... eu tento... sou anjo torto – tenho um coração que insiste em bater mesmo quando está aparentemente morto)
0 Comments:
Post a Comment
<< Home