O QUE SOBROU...

Espalhados.
Eu os olho.
Estou a pensar no vaso sobre aquele móvel.
Era algo que eu tocava com os olhos e o coração.
Esbarrou uma mão.
Um desenho se formou no chão.
Ladrilhos.
Meu coração era um vaso...
E se quebrou.
Os cacos se espalham...
Eu choro o que sobrou...

SONIA MARIA DELSIN