Tuesday, March 13, 2012
Saturday, September 11, 2010
APAIXONADA
É que ando nas rajadas do vento.
Ando curando as feridas...
Colhendo vidas.
Queria... o sangue estancando.
Vejo o tempo passando.
E eu o queria lento.
Nem sabe como sou apaixonada!
Como sonho ser tão amada!
Como me envolvo em braços que moram em meu
pensamento.
Nem sabe por quais caminhos ando.
Desconhece meus voos... minhas asas coloridas...
SONIA DELSIN
Tuesday, April 27, 2010
Tuesday, January 19, 2010
QUANDO EU CERRAR OS OLHOS...
Quando meus olhos se fecharem...
Quando eles se cerrarem.
A terra ficará mais silenciosa.
Não contarei mais em verso e prosa.
Um poeta quando parte deixa um legado.
Mas para quem será passado?
Deixo por conta do tempo...
Deixo tudo aqui.
O que está acabado e o que por certo estará inacabado.
Quando os olhos eu cerrar as flores sentirão minha falta.
Os colibris e as borboletas.
Há um gato na redondeza que talvez procure por mim com seus miados.
Deixarei aqui os meus amados...
Na imobilidade de meu rosto talvez paire um sorriso.
O derradeiro.
Talvez alguém comente.
Ela sorria o tempo inteiro.
E cantava embaixo do chuveiro.
Mas secretamente chorava no travesseiro...
sonia delsin
Sunday, December 13, 2009
LOUCA DE DOR
Louca de dor procurei refúgio nos teus braços.
Adorei teus abraços.
Tuas palavras e teus gestos.
Adorei tua boca.
Tua mão pequena.
Louca de dor atravessei noites acordada pensando.
Um dia dei por mim.
O passado estava se apagando.
E estava te amando.
Outra dor me chegava.
A dor da distância, a dor da ausência.
A dor do que não se pode ter.
Outras noites me chegavam e eu me perguntava.
Como esquecer? Como esquecer?
sonia delsin
Tuesday, December 01, 2009
MEU NASCER, MEU MORRER
Quando eu nasci chovia.
Torrencialmente.
Foi um nascer diferente.
Talvez eu tenha me tornado poeta naquele instante.
Ou já estava nos meus genes definido.
Quando eu morrer quero ser cremada.
É o meu desejo.
Talvez por ter nascido embaixo de um temporal quero que seja desta forma o meu funeral.
E há outra coisa que quero.
Que minhas cinzas sejam jogadas.
Espalhadas.
Na terra que nasci.
Aí eu direi.
Realizei tanta coisa.
Estive aqui.
sonia delsin
Thursday, November 05, 2009
AREIA MOVEDIÇA
Sonhei que afundava na areia movediça.
Sonho é sonho.
Sonhei que afundava e enquanto afundava eu pensava.
Que é esta vida?
Um sopro? Um vento?
Quanto pensamento
em um único momento.
Meu corpo afundava, afundava e eu pensava.
Na vida que vivi.
Quanta alegria senti!
E quanta tristeza!
Não foi a toa que neste planeta eu nasci.
Minha missão eu cumpri?
Sim, acredito que cumpri.
Ainda vivo aqui...
Mas quanta coisa eu compreendi.
sonia delsin